Nascido na Baixa Normandia, Léger muda-se para Paris em 1900 para estudar na Escola Nacional de Artes Decorativas. Na cidade, aproximou-se dos artistas vanguardistas, convivendo com nomes como Jacques Lipchitz, Robert Delaunay e Marc Chagall. Nas obras realizadas até 1910, o artista mostra aproximação com a estética impressionista, especialmente em sua paleta de cores, com transições graduais. Em 1911, conheceu Pablo Picasso e Georges Braque, marcando definitivamente seu trabalho, que segue com influências cubistas durante a maior parte da sua produção. A estética de Léger alimenta-se especialmente das características do cubismo sintético: geometrização das formas, multiplicidade de planos e pontos de vista e uma paleta forte, com tons muito bem definidos.
Durante a Segunda Grande Guerra, Léger mudou-se para os Estados Unidos, onde foi professor na Universidade de Yale e no Mills College, até retornar à França em 1945. Criou os vitrais da Igreja do Sacré-Coeur d’Audincourt e um painel para o Palácio das Nações Unidas de Nova York.
O trabalho de Léger exerceu uma importante influência na arte do século XX. No Brasil, a pintora Tarsila do Amaral apresenta forte influência do artista nos seus traços bem marcados e na exploração de contrastes cromáticos.