Lygia Pape
Nova Friburgo - Rio de Janeiro, 1927 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004
A produção de Lygia Pape se caracteriza pela crítica social e cultural, com toques de humor e ironia. Produz a série de caixas: Caixa de Formigas (1967), uma crítica ao consumo; Caixas de Baratas (1967) pela qual ataca a cultura do bom gosto e Caixa Brasil (1968) que faz referência às matrizes éticas e culturais do país: o índigena, o branco e o negro.
Frequentemente utiliza em suas assemblages e instalações objetos do cotidiano, que carregados de significado, assumem sentido e discurso em sua obra. Em Eat Me: a gula ou a luxúria? (1976) vitrines mostram calendários de mulheres nuas, loções afrodisíacas, batons e seios postiços para chamar a atenção à difusão da imagem do corpo feminino como objeto de consumo.
Em 2002, a artista apresentou a instalação Carandiru, na qual utiliza a imagem do manto Tupinambá para associar ao massacre dos presos em 1991 à dizimação dos povos indígenas.