Wesley Duke Lee
São Paulo - São Paulo, 1931 São Paulo - São Paulo, 2010
Inquieto e polêmico, Wesley Duke atuou na cena cultural paulistana dos anos 1960 e 1970. Com um grupo de jovens artistas, realizou em 1963 O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Formou na mesma década o grupo Realismo Mágico, cuja estética figurativa se posicionava contra a hegemonia do concretismo e do abstracionismo então vigente na arte brasileira. Participou, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser do Grupo Rex que satirizava o mercado da arte.
Toques de humor e muita afinidade com a estética Pop marcam o trabalho do artista. Suas pinturas, gravuras e serigrafias dialogam com a estética da publicidade e dos quadrinhos; e trazem uma forte influência de pioneiros como Rauschenberg. Mas o artista amplia suas referências, recorrendo à cartografia; caligrafia oriental; e aos desenhos de botânica. Explora também a instalação em obras como Trapézio ou Uma Confissão (1966) e O Helicóptero (1967).
Duke Lee ganhou o prêmio internacional de pintura da 8a Bienal de Tóquio e realizou uma individual na Tokyo Gallery, principal galeria do país. Em 1966, Trapézio ou uma Confissão foi exposta no pavilhão do Brasil na 33a Bienal de Veneza.