Apesar de ser mais conhecido por suas pinturas das cidades mineiras com vistas distantes, silenciosas e bucólicas, Guignard explorou diversos gêneros. É um dos pintores mais ativos de sua geração.

Quando jovem, estudou pintura na Real Academia de Belas Artes de Munique, em Florença, Itália, onde se apaixonou pelas obras de grandes mestres renascentistas como Alessandro Botticelli. E, também, pelos impressionistas como Raoul Dufy, que o inspirou a romper com suas referências acadêmicas e procurar pinceladas mais pessoais.

De volta ao Brasil e instalado no Rio de Janeiro, dedicou-se a praticamente todos os gêneros da pintura - retrato, autorretrato, paisagem, natureza morta, pintura religiosa e de costumes. Em 1944, por um convite de Juscelino Kubistchek, então prefeito da capital mineira, Guignard foi o facilitador de um curso de pintura na escola de Belas Artes de Belo Horizonte, nos tempos de hoje, Escola Guignard.

Suas obras são um importante e indispensável legado da busca por uma pintura genuinamente brasileira em diálogo com as tradições, continuidades e rupturas que marcam nossa cultura. Além do próprio Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, MG, suas obras estão em acervos brasileiros importantes, como MASP, MAM-SP e MAM-RJ.