Sobre

1942, Scalea, Itália
Vive e trabalha em São Paulo, SP, Brasil

Anna Maria Maiolino é uma artista multidisciplinar que transita por linguagens visuais, textuais e performáticas, nas quais aborda temas políticos, cotidianos e relativos à condição da mulher na sociedade contemporânea. Nascida em Scalea, na Itália, mudou-se para o Rio de Janeiro no ano de 1960, onde iniciou seus estudos de gravura na Escola Nacional de Belas Artes. Neste período já produzia múltiplos objetos, mas trabalhava principalmente com xilogravura. Aproximou-se de artistas como Antonio Dias e Rubens Gerchman, expoentes da Nova Figuração brasileira, com quem participou da exposição histórica Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1967).  

Maiolino morou nos Estados Unidos de 1968 até 1971 e durante essa estadia se dedicou ao desenho, dialogando com a poesia experimental dos anos de 1960. Ao retornar ao Brasil, passou a pesquisar meios e materiais alternativos, dedicando-se à exploração do filme e à criação de instalações e performances. Em outra virada estilística, a partir dos anos de 1980 voltou-se para a produção de pinturas e de esculturas em argila, explorando os limites desse material.  

Ainda em atividade, Maiolino é reconhecida internacionalmente, sendo objeto de retrospectivas em instituições como Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Argentina (2021); Whitechapel Gallery, Londres, Reino Unido (2019); The Museum of Contemporary Art, Los Angeles, Estados Unidos (2017); e Fundació Antoní Tàpies, Barcelona, Espanha (2010), entre outras. Participou de importantes coletivas como Wack! Art and the Feminist Revolution, no MoCA, Los Angeles (2010); Radical Women: Latin American Art 1960-1985, no Hammer Museum, Los Angeles, no Brooklyn Museum, Nova York (2017), e na Pinacoteca de São Paulo (2018). Participou de diversas bienais, como a Bienal de São Paulo (1967, 1973, 1981, 1991, 1998, 2010); Biennale of Sydney (2008); Bienal de Lyon (2017); Bienal de Gwangju (2014); Bienal de Havana (1984); além da Documenta 13, em Kassel (2012). Recentemente, Maiolino ganhou o Leão de Ouro por sua carreira na Bienal de Veneza (2024).  

Sua obra integra as coleções de instituições como MAM São Paulo, Pinacoteca de São Paulo, MAC USP, MAM Rio, Centre Pompidou, França; Cisneros Fontanals Art Foundation, EUA; Galeria Nazionale di Arte Moderna, Itália, MALBA, Argentina; Museo Centro de Arte Reina Sofia, Espanha; MoMA, EUA; Tate Modern, Reino Unido; entre outras. 

Obras